domingo, 17 de novembro de 2019

Até quando?

Hoje, quando acordo penso em circunstâncias.
O cair da noite já não reflete a liberdade. 
Os ditos sonhos, as calorosas sensações 
Tudo mudou implacavelmente.

Hoje, os livros parecem algemas pesadas. 
O conhecimento necessário!
Mas de um jeito diferente, cheio de obrigação 
Que me faz pensar: - até quando?
Se Atlas lesse esse poema me daria razão.

Hoje, as pessoas riem menos.
Medem os passos, tornam-se reservadas. 
Colocam o semblante acima de tudo. 
Consequentemente, sofrem atrás de paredes invisíveis, 
Intransponíveis.

Hoje, pensa-se em dinheiro, 
Casa e família. Todos importantes.
O que fica para a alma atrofia,
Rende-se a continuidade.
Perde a graça e o entusiasmo.
Morre, simplesmente.


Tudo isso me faz pensar: - até quando?

(Pedro Araújo)

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