sábado, 7 de setembro de 2019

28 de janeiro de 2008

Torno a ver o dia cair no horizonte contemporâneo.
Caminho por nuvens bem conhecidas.
Vivo a felicidade dos amantes incorrigíveis.
Detido às lembranças alegres do passado.
Como é bom sentir-se bem.
Ainda rezo por pessoas distantes.
Pessoas que se fizeram eternas e puras.
Quando fecho os olhos elas reaparecem
Com os seus conselhos.
Com todo o amor que nunca compreendi.
Esse que me faz chorar escondido
Enquanto a banda atravessa a rua.
Hoje, tudo se reflete. Muda de cor 
Passeia pelo ar em zigue-zague.
Eu observo cheio de esperança e paz.
Só o amor e tudo o que já se fez importa.
Viver é uma criativa forma de chorar.
E tudo isso lava a alma. Os pecados.
Escrevo para alertar sobre um tempo 
De risos e momentos peculiares.
No sentido mais amplo e otimista. 
Sejamos felizes nesse mundo elétrico. 
Enquanto a nossa vida é o alimento 
Dessas engrenagens contínuas.

(Pedro Araújo)