quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Aqui nada importa, nada muda

... Amor que eu penso sem nada
Haver no peito. Sedento e vivo
Nos momentos da alvorada.
Qual é enfim o seu objetivo?

Já que nesse peito sem vontade
Tantos dias se foram ralos...
Observo em mim essa maldade
Que se revela pura ao olhá-los.

Aqui nada importa, nada muda.
O sol brilha apagado, e triste,
Por me negar sempre a sua ajuda.

Ah, Deus, o tempo ainda assiste,
Ao calejar lento dos meus temores.
Cruéis e caladas são as dores...

(Pedro Araújo)