... Vai pela rua do sossego apenas
Em busca dos sonhos já perdidos.
Sopra o vento as minhas penas,
Riscam os corvos os seus granidos.
... No ar a natureza recita toda,
Os pensamentos que não possuo.
Vivo nas palavras do que acomoda
O espírito e a raiva que construo.
... Não mais impaciente e vazio,
Buscando em tudo essa verdade,
Nas longas noites que renuncio.
Vejo nas esquinas a minha vontade,
Aquilo que me falta e não dorme,
Levada pelo som triste e uniforme.
(Pedro Araújo)
Palavra Viva
"Não vemos as coisas como elas são, mas como nós somos". (Anaïs Nin)
segunda-feira, 22 de abril de 2024
domingo, 10 de março de 2024
Oh, senhor, pai, e sempre atento
Oh, senhor, pai, e sempre atento
Ouça desse filho a voz sofrida.
Que segue errando pela vida
Sem acertar em nenhum momento.
Traga paz às almas que se foram,
Aos corações vazios e escuros.
Senhor, alimente os nossos futuros
Com as obras que nos dignificam.
Perdoe os meus inúmeros erros,
Proteja os meus parentes e olhe
Por cada um dos meus filhos.
Conceda graça aos meus desterros,
Pois quem segue o bem apenas colhe
E se afasta dos seus empecilhos.
(Pedro Araújo)
Ouça desse filho a voz sofrida.
Que segue errando pela vida
Sem acertar em nenhum momento.
Traga paz às almas que se foram,
Aos corações vazios e escuros.
Senhor, alimente os nossos futuros
Com as obras que nos dignificam.
Perdoe os meus inúmeros erros,
Proteja os meus parentes e olhe
Por cada um dos meus filhos.
Conceda graça aos meus desterros,
Pois quem segue o bem apenas colhe
E se afasta dos seus empecilhos.
(Pedro Araújo)
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024
Aqui nada importa, nada muda
... Amor que eu penso sem nada
Haver no peito. Sedento e vivo
Nos momentos da alvorada.
Qual é enfim o seu objetivo?
Já que nesse peito sem vontade
Tantos dias se foram ralos...
Observo em mim essa maldade
Que se revela pura ao olhá-los.
Aqui nada importa, nada muda.
O sol brilha apagado, e triste,
Por me negar sempre a sua ajuda.
Ah, Deus, o tempo ainda assiste,
Ao calejar lento dos meus temores.
Cruéis e caladas são as dores...
(Pedro Araújo)
Haver no peito. Sedento e vivo
Nos momentos da alvorada.
Qual é enfim o seu objetivo?
Já que nesse peito sem vontade
Tantos dias se foram ralos...
Observo em mim essa maldade
Que se revela pura ao olhá-los.
Aqui nada importa, nada muda.
O sol brilha apagado, e triste,
Por me negar sempre a sua ajuda.
Ah, Deus, o tempo ainda assiste,
Ao calejar lento dos meus temores.
Cruéis e caladas são as dores...
(Pedro Araújo)
segunda-feira, 29 de janeiro de 2024
Detido ao amor e seus objetivos
Em tristes passos vivo apenas,
Iludido pelos sonhos amados.
Carente, colhendo duras penas,
Em ira com os olhos fechados.
Acorrentado pela sua ausência,
Triste, corrompido e sem saída.
Colho em mim essa resiliência,
De quem nunca amou na vida.
Caminho por entre sombras,
Em rítmos alegres e emotivos.
Ah, o coração e suas desonras,
Detido ao amor e seus objetivos.
Em tristes passos vivo somente,
A esperar o teu sorriso inocente.
(Pedro Araújo)
Iludido pelos sonhos amados.
Carente, colhendo duras penas,
Em ira com os olhos fechados.
Acorrentado pela sua ausência,
Triste, corrompido e sem saída.
Colho em mim essa resiliência,
De quem nunca amou na vida.
Caminho por entre sombras,
Em rítmos alegres e emotivos.
Ah, o coração e suas desonras,
Detido ao amor e seus objetivos.
Em tristes passos vivo somente,
A esperar o teu sorriso inocente.
(Pedro Araújo)
No corpo um grande calafrio
Em meu peito ainda choroso
Te busco em cada momento.
No desejo cruel e rigoroso
Dos dias aos quais lamento.
Pelos caminhos do teu sono
As musas se perdem em orgia.
Em cantos, elas no outono,
Cantam em total alegria.
Frio, raivoso e inconsolado
Pelas dores que detenho.
Não entendo esse meu passado
E a angústia que mantenho.
No lugar claro, e desejado,
Todos sorriem ao vento frio.
Aqui eu me reponho calado,
No corpo um grande calafrio.
(Pedro Araújo)
Te busco em cada momento.
No desejo cruel e rigoroso
Dos dias aos quais lamento.
Pelos caminhos do teu sono
As musas se perdem em orgia.
Em cantos, elas no outono,
Cantam em total alegria.
Frio, raivoso e inconsolado
Pelas dores que detenho.
Não entendo esse meu passado
E a angústia que mantenho.
No lugar claro, e desejado,
Todos sorriem ao vento frio.
Aqui eu me reponho calado,
No corpo um grande calafrio.
(Pedro Araújo)
quinta-feira, 18 de janeiro de 2024
Soneto: Reflexões para um reinício
... Oh almas do desespero, perdidas,
Que vagam calmas pelos vazios.
Pelos sonhos aos quais as saídas
São caminhos escuros e pífios...
Abracem esse coração aos pedaços,
Essa lágrima eterna e destruidora.
Que em horas caladas, em percalços,
Corrompe, ilude e é duradoura.
Cantem corvos a música maldita
Que espera serena os devaneios meus
Pulse coração, chore sim e reflita.
Pelas horas que me detive aos teus
Encantos, aos rancores sem tamanho.
Um romântico triste, um estranho.
(Pedro Araújo)
Que vagam calmas pelos vazios.
Pelos sonhos aos quais as saídas
São caminhos escuros e pífios...
Abracem esse coração aos pedaços,
Essa lágrima eterna e destruidora.
Que em horas caladas, em percalços,
Corrompe, ilude e é duradoura.
Cantem corvos a música maldita
Que espera serena os devaneios meus
Pulse coração, chore sim e reflita.
Pelas horas que me detive aos teus
Encantos, aos rancores sem tamanho.
Um romântico triste, um estranho.
(Pedro Araújo)
domingo, 17 de dezembro de 2023
A ilusão de Perseidas
Eu me sinto sozinho e triste
Colhendo no passado o presente.
Não mais impulsivo e carente,
Como um dia já me viste...
Um soldado de outro momento
Em passos largos e corajoso.
Pisando firme no chão rochoso
Com um semblante marrento...
Matando a serpente rasteira
A golpes cruéis e martelados.
O sorriso no rosto e a rapieira...
No ar em feixes ensanguentados.
Oooh, ilusão sincera e mortal.
Outra Medusa encontrou o final.
(Pedro Araújo)
Colhendo no passado o presente.
Não mais impulsivo e carente,
Como um dia já me viste...
Um soldado de outro momento
Em passos largos e corajoso.
Pisando firme no chão rochoso
Com um semblante marrento...
Matando a serpente rasteira
A golpes cruéis e martelados.
O sorriso no rosto e a rapieira...
No ar em feixes ensanguentados.
Oooh, ilusão sincera e mortal.
Outra Medusa encontrou o final.
(Pedro Araújo)
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