sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Esperança

Sempre esperei do amor
Meias verdades. Um
Jeito de não me sentir
Um homem vazio,
Solitário e rejeitado.
Sempre quis ouvir
Palavras carinhosas.
Sem dizer nada.
Colhendo em cada
Letra o ensaio fúnebre
Da falta de amor
Próprio. Sinto que
Sempre quis repousar
A minha culpa no
Ombro de alguém.
Sempre quis chorar
Sem saber como.
Sempre quis mentir
Para mim. Ignorando
Muito mais do que podia.
Talvez muito mais
Do que deveria para
Não machucar os outros.
Para no fim de tudo
Criticar o mundo
Como um bobo ressentido
Com coisas que nunca
Compreendeu...

(Pedro Araújo)

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