Levando em seu favor o surreal.
Ave de rapina em voo inicial
Vigilante algoz, monstro puro.
Ignóbil proeza me leva a vê-lo
Arrastando-me em meu caminho.
Bigode aparado e belo cabelo,
Erguendo uma taça de vinho.
Levanto a espada e ajoelho
Tão pouco de mim se projeta.
Raiva e carinho, uma gorjeta,
Abalam esse cavaleiro velho.
Ôoo mundo cruel, desumano,
Eu não entendo essa sensação.
Um longo e nefasto turbilhão
Tem em mim um espaço insano.
Em qual bosque vives e canta,
Anjo ruim que me fez doente?
Mais bela e pura que uma santa
Ostentando a luz do sol poente.
(Pedro Araújo)
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