sexta-feira, 27 de novembro de 2020

Soneto: Breve Lousa

A tua laje fria me toma assim
Como as nuvens cobrem a lua,
Em grande tristeza por fim
Me vejo entregue a vida tua... 

Sigo os caminhos mais escuros.
Vago de campa em campa só,
Ouço esses espíritos obscuros
Levantarem da tumba, do pó...

Cavo mais fundo essa cova...
Com capricho me elevo somente.
Os braços fortes na casa nova.

Criam um novo recinto doente.
Cantem orbes sofridas e altas
Onde apenas importam as faltas.

(Pedro Araújo)

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