Achando que sou tolo.
Estais onde ninguém vê,
Atrás das nossas orelhas.
Canta feliz a música do tempo.
Ele passa calado,
Consumindo as almas.
Castigando a carne, as estruturas,
As emoções.
Tudo passa,
Nada fica estático a espera
De oportunidade.
Engana-se, amiga,
Achando que paro para
Chorar. Os homens não choram.
No coração, esse cofre,
Ficam retidos os sentimentos.
Fechados, amordaçados,
Pela corrente furiosa da vida.
Pela frieza incontida
Do rancor sem tamanho.
(Pedro Araújo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário